terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Representaciones

por Cátia Cylene*

La chica ya había crecido. Era un ambiente catolico romano, todavia sus incursiones espirituales ya la habían hecho salir de transito por la umbanda**, candomblé**, espiritismo, budismo... De cada viaje, una experiência tranquilizadora, apaciguadora, lo que la echava llevar lo bueno de cada cual.

Los personajes de la historia biblica fueron buscados con gran interesse. Como ya se aproximaba de la fecha del nacimiento de Jesús, las tiendas no disponían más de muchos ejemplares de aquella representación. La búsqueda si dió en tres ciudades, diversos puntos comerciales, várias caminadas y pesquisas. Todo por el presepio. Todo por la madre. La alternativa fue encomendalo en una tienda de decoración.


Pasados alugunos días, los tales muñecos de resina llegaron.En un misto de ansiedad y felicidad, la chica corrió para buscarlos y llevarlos a su madre. Llegando en casa, anunció la llegada de ellos. Fue desenvolviendo uno a uno y, a la cada aparición, una exclamación y la sonrisa cuase infantil de la matriarca. Allá estaban José, María, los tres reyes magos, el anjo Gabriel y hasta uma ovejita y una vaquita, además – es claro – del niño en la cuna. La madre dió saltos de alegría. Recontó la historia. Nombró uno a uno de los personajes. Agradeció.

La chica también quedó feliz.

Disfrutó de momientos de harmonía.

Pero a la noche, en su cama, lloró...

Todo lo que ella quería era un abrazo afectuoso de su madre.


**religiones africanas


*Cátia Cylene é jornalista e blogueira em língua hispânica.

Endereço do blog: www.mientrasechodemenos.blogspot.com




quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O HOMEM QUE FALAVA COM AS PORTAS


Texto e Desenho de Adriano Irgang*


Eu não sei por onde começar. Mas faz algum tempo. Alguns anos, para ser preciso no que eu quero dizer. As coisas ficaram diferentes. Foram ficando diferentes, quero dizer. Aquilo que acontecia com uma rotina, foi se tornando cada vez mais raro. As pessoas foram ficando diferentes. Algumas pessoas foram embora, outras chegaram. Parece estranho. É algo que ocorre de acordo com o tempo, como as horas passam, acho. Eu tinha que pensar muito antes de fazer qualquer coisa. Agora parece que tem outro. Outro eu. Eu não sou mais eu. Eu sou o que eu era, mas o que eu era não é mais o que eu sou. É complexo, mas isso. Mas tem uma coisa mais diferente que eu queria dizer. As pessoas. É sobre as pessoas que eu quero falar. E natural uma mudança de comportamento. O mundo gira, afinal. Mas o que eu quero dizer, é que para meu espanto, talvez, houve uma mudança brusca de comportamento. Eu fico me perguntando, às vezes, o porquê disso. Eu cheguei a conclusões, mas não vou relatar todas, só as principais. Vamos lá, vou começar com a primeira de três, que selecionei:


PRIMEIRA CONCLUSÃO: ESTAMOS NO SÉCULO 21


Computador, celular, microondas, TV a cabo, download, etc. Essas coisas eram pouco conhecidas há uns 20 anos ou 30 anos atrás. O máximo de tecnologia que eu tinha ouvido falar era TV colorida e carrinho de brinquedo com controle remoto. Hoje, antes de fazer qualquer coisa, como tomar café, se vestir, se pentear ou ir ao banheiro, as pessoas ligam o computador para verificar as redes sociais, facebook, flickr, last.fm, My Space, Orkut, Netlog, e-mails, os sites de informação como o Terra, o google. Tem o msn. Viver sem o computador, nem pensar. O mais incrível e que algumas pessoas insistem em viver sem o computador. “Eu não preciso dessa televisãozinha” – dizem os incrédulos. Tudo bem. É possível viver sem o computador. Muita gente vive sem ele. Não sou eu a obrigar todo mundo a ter um computador ou vou comprar computador para todo mundo. O computador, na realidade, é pra quem tem tutu, arame, money, e outros adjetivos do dinheiro. Essa é uma verdade. O computador criou uma legião de analfabetos virtuais. O analfabetismo virtual é cruel. Porque muitas escolas não oferecem acesso a computador. Internet nem pensar. Se o cara quer estudar, aprender a ler e escrever ele ainda consegue, com um pouco de esforço. Mas quem quer aprender informática, é realmente mais difícil. O computador cria seus analfabetos. Usar disquete hoje é impensável. Ele já virou peça de museu. Agora é o Pen-drive (de 2gb até 64gb) e o CDR, ou o CDRW. Aprender a usar o computador não é como aprender a datilografar a máquina. Essa palavra datilografar, nem existe mais. Agora é digitar. O computador é um eterno aprendizado. Tem se atualizar, senão também fica para traz.

Porém, essas tecnologias tornaram as pessoas, de modo geral, mais isoladas. Tudo é mais prático. Você pode comprar tudo pela Internet, até comida. Comprar pizza pronta, sem precisar sair de casa, para assar no forno microondas, e não precisar fazer almoço ou jantar.


O celular é outra realidade. Ninguém vive sem o celular. Uma época, eu não tinha celular. Quando me perguntavam qual era o meu número de celular, eu respondia para espanto geral da nação, que não tinha. É quase inadmissível não ter celular. É caso para prisão ou espancamento, apedrejamento. Mas também conheço pessoas que não tem celular. Realmente não precisam dele. São pessoas que também não tem computador. Tem a vida mais ou menos estabelecida. Vivem apenas com o básico.


Eu falo com as pessoas mais por e-mail, do que pessoalmente. Quem tem Internet, até prefere se comunicar por e-mail, ou msn. É um mundo paralelo. A TV não forma mais opinião, e a Internet é quem manda. A TV ficou para traz. E a TV insiste em seguir uma linha batida, manjada para as pessoas, como as novelas, os programas de auditório. Os filmes inéditos eram um dos grandes trunfos da Internet. Nos contávamos os dias para assistir os filmões. Guerra nas Estrelas, Platoon, Rambo, O Exterminador do Futuro. Hoje você pode baixar eles pela Internet antes mesmo deles serem lançados para o público. Assistir os filmes antes de todo mundo. Quando alguém diz que tal filme vai passar na TV, eu digo: esse filme eu já vi. E várias vezes. Vi até cansar. Mas a graça estava em aguardar o tão esperado filme passar na TV, pra depois assistir e ter o que comentar. Como você vai comentar algo com alguém se só você viu? A graça está no coletivo, não no individual. As pessoas tentam se unir em torno dos jogos de futebol, mas isso está muito repetitivo e cansativo. O mundo está tão sem graça que as pessoas buscam inconscientemente as coisas sem graça na TV. A única coisa legal é a Internet, no fundo.


A Internet facilitou a vida das pessoas, mas também é algo como você ir de lugar nenhum para lugar nenhum. Às vezes o difícil é o que deixa a vida com graça. Quando é tudo fácil, que graça tem. A comodidade nos torna também preguiçosos. Isso não se resume a você resolver um problema sem precisar andar a pé ou de carro ou de táxi de cavalo ou de bicicleta. Você se vai se tornando mais preguiçoso para outras coisas também. Lutar por algo, que traga retorno para você e a sociedade. Tudo o que existe hoje no mundo é fruto de lutas, guerras conflitos. As ideologias boas são resultados de muita luta. Mas quando todo mundo se esconde atrás de um computador, também se esconde de outras coisas. Aí, você não enxerga mais passeata, protesto, manifestação de nada e a conclusão e que se chega é que está tudo bem.


Realmente estamos em outra época. Os tempos são outros. Não estamos mais no século 20. Realmente não estamos. Não tem mais as grandes guerras. Agora é a guerra relâmpago. A guerra fria acabou faz tempo. Não se fala mais em espionagem. 007 está fora de moda. Os espiões ficaram obsoletos. Agora é o hackers, os terroristas, o Osama Bin Laden.

Uma banda de rock nova você não ouve no rádio, mas no youtube. Fui conhecer uma banda depois que ela fez muito sucesso. Isso que eu uso bastante a internet. É só pesquisando muito para descobrir as bandas boas.


O download foi a melhor coisa que inventaram. Porque agora eu posso escutar todas as Bandas de rock que eu tenho vontade. Antes tinha que pagar uma bala por um “bolachão”. As lojas de discos também se tornaram obsoletas para mim. Nunca eu encontraria o disco do Muddy Waters, o Folk singer, aqui na city em uma loja de discos.


Porém, apesar das comodidades destas tecnologias, elas também trazem desconforto na hora em que dão defeito. Aí, é um casamento, uma novela, para resolver o problema. O concerto sai às vezes mais que o preço da própria máquina. Sem contar o quanto tem que andar por aí, gastando sola de sapato, gasolina, pneu, motor, etc. e tal para resolver o problema. Oh meu pai!


MINHA SEGUNDA CONCLUSÃO: O GOVERNO


O governo tem uma responsabilidade no comportamento apático das pessoas. Rolling Stones, Led Zepplin, Ramones virou nostalgia. Hoje a juventude escuta o Sertanejo Universitário. Na minha época, nos curtíamos Nirvana, Iron Maiden, Dead Kennedys. Isso em uma época dos “caras pintadas”, que não era lá tão grande coisa. Ninguém quer mais aparecer, ter responsabilidade. Hoje as pessoas pintam o rosto só em jogo de futebol. O protesto está fora de moda, como a rebeldia. Ser rebelde é ser louco. Não dá pra fugir muito do padrão. Senão você é rotulado como um tresloucado, um porra-louca. Tudo é razão para se comprometer, por isso as pessoas estão com o freio de mão puxado. Ninguém quer responsabilidade. Todo mundo está se encolhendo. Porque certas coisas que você fizer, pode significar muito para você. Fazer alguma coisa. Todo mundo quer ser discreto. Não existem mais os grandes líderes. Eles se foram. Os grandes músicos. Eles se foram. Se foram ou estão se indo. Nelson Mandela, Mao Tse Tung, Mahatma Gandhi, Elvis, Muddy Waters. A liberdade é uma coisa boa. Por isso eu cito estes caras. Eles pregavam a liberdade. Eu sou livre para fazer o que eu quiser, desde que não interfira na liberdade do outro. Assistir o que eu quiser na TV. Escutar a música que eu quiser. Essa é a nossa liberdade. Entretanto, não dá para se diferenciar da multidão. Isso gera desconfiança. Quem? Mas o que aquele cara está fazendo? É subversivo, está contra o sistema instituído? O normal. Ser normal não é opção, mas quase obrigação. Não dá para dar uma de louco. Os riscos são grandes. A liberdade que nós vivemos é vigiada. Sempre deve se ter cuidado com o que vai fazer, até mesmo deve se ter cuidado com o que vai se pensar. Os inconformados não têm mais “eco” para suas reivindicações. Querem saber o porquê? Não há inconformados. O governo da assistência para todo mundo. Aí que está o perigo. Quando a esmola é demais o santo desconfia – como diz o ditado. Não existe mais rebeldes como o Raul Seixas, o Renato Russo, porque a sociedade não precisa. Ela tem o que precisa. O governo para segurar suas calças. O problema é que o Raul e o Renato fazem falta. O Jimi Hendrix faz falta. Os bons guitarristas não aparecem na TV, não querem sujar o filme. A TV é brega, fora de moda. O lance é aparecer primeiro na Internet e depois, quem sabe na TV.


Fazer parte de algo, pertencer a algo é preciso. Um partido, um sistema, até mesmo para saber por que as pessoas gostam de você ou te odeiam. Ideologia, eu quero uma para viver, como dizia o Cazuza. Mas tomar partido pode ser perigoso. Ser de esquerda ou de direita é perigoso. Melhor é ficar na moita, bem escondido. Em cima do muro. Assim ninguém ataca o cara. Não pertenço a nada, partido, time de futebol, nada. Sou neutro. Nunca quero pegar em armas, sair dando tiro nas pessoas. Mas aí me vem uma pergunta intrigante: na época da 1ª e 2ª guerra, por exemplo, não havia caras da paz como eu? Havia. Claro. Perdas e ganhos. Entre não fazer algo e não ganhar, eu prefiro fazer algo e ter chance de ganhar. Não vou me encolher, podem me chamar de louco. Vou até o fim. Se for preciso também pegarei em armas, brancas ou pretas.


ULTIMA CONCLUSÃO: ESTOU FICANDO VELHO

Eu não sou mais criança. Não da para agir como se fosse uma. Mas a gente parece querer agir como uma. Não sou mais adolescente também. Aqueles amigos de infância foram embora. Outros vieram. Mas quando eu era jovem, tinha energia, e gastava ela coçando, dormindo. Agora eu quero fazer as coisas e estou sempre cansado. Por isso, quando os pais nos dizem para aproveitar o tempo, estudar, a gente deve ouvir esses conselhos. Por que depois, as coisas ficam mais difíceis. Eu devia ter estudado mais, me esforçado. Mas perdi meu tempo com outras coisas. Coisas inúteis. Dormir, assistir TV, sair por aí com os amigos. Era uma época que eu tinha energia para gastar. Hoje eu estou cansado para tudo. É tudo esforço. Muita coisa mudou. Não tenho mais os grupos de escola, há muito tempo. Agora é só resolver problemas, pagar contar, tentar sobreviver com um salário. Antes os pais faziam tudo para gente. Agora eu tenho que me virar, dar um jeito. Tentar não se ferrar de vez. As coisas estão nesse patamar.


É isso. Para falar das pessoas, também preciso falar de mim. Acho que as pessoas estão mudadas, mas eu também mudei e o mundo também. Não dá pra negar. O tempo é cruel, senhor das coisas. É ele quem manda, até mesmo nas tecnologias, que daqui um tempo estarão ultrapassadas e serão substituídas por outras. Por isso, em vez de ficar discutindo sobre as pessoas, cheguei à conclusão que devo aproveitar o máximo do meu tempo com coisas úteis para mim, depois eu vou pensar nas pessoas, na sociedade, no time de futebol, na política, em Israel, na Palestina, e em Mandela ou no Ayrton Senna.


A vida é um eterno aprendizado, e eu sou um eterno estudante.


*Adriano Irgang é contista, poeta e desenhista. Outros textos e desenhos de sua autoria estão no seguinte endereço:

http://www.replicantescotidianos.blogspot.com


sábado, 12 de junho de 2010

Cuando morir es una necesidad

Por Cátia Cy*

Tomé el auto y salí sin pensar, ni me detuve a nada. Era el velorio de mi madre, no era un pretexto para faltar el empleo por dos días. No habia necesidad de la desconfianza de mi jefe. Eso me quedó perplejo, más que el próprio hecho de la muerte de mi madre. Pues, estaba a dos horas de la ciudad de lo entierro, pero el jefe, ese sí, estaba allí.

Pié na estrada y perturbación en la cabeza. No pude concentrarme en las sinalizaciones del tránsito. Para peorar, también no verifiqué el combustible, óleo, neumáticos, luces... Mal cabia en aquella carretera sentido al fin. Era el encerramiento de uno ciclo vital, la muerte de mi madre. Al contrário de la pelea con el jefe, que parecia infinita.


Como era de esperar, el clima nunca favorece los viajes de última hora. La lluvia torrencial colaboró con el clima de entierro. Velocidad, pista mojada y nervios a flor de la piel integraban una combinación peligrosa. Yo no tenía compania, ni mismo de mis próprios pensamientos que insistian en fugir para muchos logares al mismo tiempo. Tamaña confusion mental acabó por meterme en una emboscada. Un grupo de asaltantes habia parado un auto cargueiro. No tube salída. Caí en lleno en aquella emboscada. Directamente los asaltantes me hicieran rehém, yuntamente con el motorista peleado por tantos golpes.


El dolor de la emboscada era solamente una más. La muerte de mi madre parecia algo aún no ocurrido en la vida real. En la mente, la cara fea y desconfiada de mi jefe parecia ser el estopín para aquella situación si salída. Mi propria muerte era la alternativa que más abreviaba aquel terror. Pedi que me matasen...

*Cátia Cylene é jornalista e blogueira em língua hispânica.

Endereço do blog: www.mientrasechodemenos.blogspot.com


Dias de chuva

*


Eu chovo lágrimas
enquanto o céu
chora,
que pena,
não posso andar
de bicicleta.

então fico fechado
no quarto,
esperando a cortina
do tempo se abrir.

*Zen Grasioli é poeta e aluno da 4ª série no Colégio São Luis, São Leopoldo, RS.
Outros poemas no Blog: http://www.zenversosaovento.blogspot.com/

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Língua Portuguesa

Por Henrique Mottola*

A língua portuguesa,
minha matéria preferida.
É muito interessante,
fica melhor minha vida.

Vi matérias diversas;
matemática, ciências e geografia,
mas nada igual a língua portuguesa.

Para um coração mesquinho,
português me alegra.
Adoro copiar texto
e gosto de fazer poemas.

Viva palavras e letras,
Beba muita sopa de letrinha,
Cheire o ar do aprendizado
português, caderno, mochilas à vista.

*Henrique Mottola é aluno da 5ª série, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. João Batista de Lacerda, Porto Alegre, RS.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Seu Correto

Por Adriano Irgang*

Eu conheci o Seu Correto em 1998, na pequena e pacata cidadezinha de Recanto Feliz. Nós morávamos na mesma rua. Minha casa ficava bem do lado da dele.

Seu Correto era aposentado da Prefeitura de Recanto Feliz.

A Prefeitura foi o lugar onde trabalhou durante 40 longos anos, como Auxiliar de Relações Humanas no departamento de Socialização Populacional.

Seu Correto era bem velho. Entretanto, ele não revelava sua idade. Algumas pessoas diziam que ele tinha uns 100 anos, outras diziam que tinham mais, outras menos. Era difícil precisar a idade do Seu Correto. Eu estimava em uns 80 anos. Ele não tocava muito no assunto. Quando alguém perguntava para ele quantos anos tinha, ele dizia ter 15 anos. A velhice era coisa da cabeça, não do corpo. A gente envelhece por dentro, dizia o Seu Correto.

Seu Correto ficava a maior parte do tempo em sua casa. Ele precisava ter o que fazer. Então passava o tempo varrendo a calçada em frente a sua casa, deixando ela bem limpinha. Mas bem limpa mesmo. Aquela calçada era o lugar mais limpo de Recanto Feliz. Talvez o lugar mais limpo do mundo.

Seus outros passatempos (hobbies) eram esses: sentar-se a sombra de um frondoso e maravilhoso cinamomo e assistir a programação local da TV aberta de Recanto Feliz. Ele vivia com a Dona Formosa, sua esposa. Seu Correto também tinha o Duke, um cachorro vira-lata muito bagunceiro.

De manhã, Seu Correto acordava bem cedo e varria aquela sua calçada. Se não era ele que varria, Dona Formosa fazia o serviço. Quando eu ia para escola, a calçada estava varridinha. Era um espelho. Muitas pessoas passavam por ali, só para se conferir no visual. Quem se esquecia de se pentear em casa, aproveitava a calçada para isso. Não é mentira.

Você podia mesmo se enxergar na reluzente calçada do Seu Correto.

Uma vez nos fomos jogar bola na calçada limpinha e recém varrida do Seu Correto. Ele estava em casa, assistindo TV. Seu Correto estava sempre em casa, e esse era um problema. Quando nos viu jogando, saiu porta afora, correndo como realmente tivesse os 15 anos que dizia ter, e nos tocou embora, soltando fogo pelas ventas. Ninguém jogava bola na calçada dele. Essa uma das regras do Seu Correto. Amigos-amigos, calçadas a parte. A calçada serviria provavelmente no futuro como ponto turístico, de visitação mundial, como eram as pirâmides do Egito. “ESSA FOI A CALÇADA DO SEU CORRETO”, escrito em uma placa de sinalização. “Você está chegando a Calçada do Seu Correto”. “Calçada do Seu Correto a 100m”, etc.

Dona Formosa ia para a feira, as sextas-feiras, bem cedinho, para conseguir as verduras fresquinhas. E na feira ela encontrava as amigas, do carteado, da missa e do chá da tarde. Esse era o momento de atualizar os assuntos pendentes, tomar conhecimento de novos assuntos e lembrar e relembrar os assuntos esquecidos.

Se o tomate estava feio ela brigava com o vendedor. Ela fazia isso com todas as frutas e verduras. Se não tinha nenhum problema com a qualidade do produto, Dona formosa reclamava do preço. Mas como o preço do tomate subiu! Não dá mais pra comprar nada com a que a gente ganha – reclamava Dona Formosa. Se não era uma coisa, era outra. O vendedor fazia de conta que escutava a Dona Formosa. Com o passar dos anos, ele foi se acostumado... acostumando... e aquilo se incorporou totalmente na sua vida. Tudo se ajeita. Não dá para se apavorar. O vendedor dava um exemplo de perseverança a ser seguido. Depois de Dona Formosa, nada mais abalava o vendedor.

Mesmo assim e com tudo isso, preço alto ou baixo, tomate bonito ou feio, Dona Formosa sempre ia pra feira, faça chuva ou faça sol, chovesse canivete ou o mundo tivesse acabando. A Feira era uma religião, como o carteado, a missa e o chá da tarde.

O filho do Seu Correto era Sargento do Exército e se chamava Quartelino. O Quartelino em todas as datas comemorativas do ano ( dia das mães, dos pais, Natal, Páscoa, etc.) e feriadões vinha com a sua esposa, a Paty e a filha, Fofinha, para visitar Seu Correto e a Dona Formosa. O Quartelino tinham um carro, do ano, novinho. Todos os anos o Quartelino trocava de carro. Sempre um mais novo e moderno. O Quartelino ganhava muito bem e a Paty nem precisava trabalhar por causa disso.

Esses dias eram dias bastante agitados na casa do Seu Correto. Dona formosa andava com a netinha Fofinha, de 6 anos, para cima e para baixo nos braços. Seu Correto dizia que ela ia se descadeirar por causa disso e também era para ela não mimar tanto a criança. Ele dizia que criança tinha que ser repreendida, não ouvida. No tempo dele, as coisas eram bem diferentes. Para qualquer coisa feita de errado, era uma surra daquelas, com vara de marmelo ou um tabefe no meio do ouvido, ou as duas coisas, vara de marmelo. E quando não fazia nada errado, Seu Correto também apanhava, para se manter na linha e porque desde cedo tinha que aprender que a vida não era fácil. Depois de velho, a gente agradece pelas pancadas que levou, afirmava ele, com uma sabedoria inquestionável.

Quando eu voltava da escola, perto do meio dia, ele estava sentado embaixo da sombra do cinamomo, que ele mesmo tinha plantando, há uns 40 anos atrás. O cinamomo tinha todos os cuidados. Aquela árvore era o segundo filho do Seu Correto. Ninguém chegava perto do cinamomo, nem mesmo Dona Formosa. Mas quando as folhas caiam era uma sujeira só.

As folhas do cinamomo serviam para ele ter o que fazer. Talvez por isso que ele gostava tanto da árvore. Sujava bastante a calçada e dava um trabalhão para ele e a Dona Formosa varrer as folhas. Ele ficava sentado em baixo do cinamomo, olhando a calçada ficar bem suja, pra outro dia de manhã, varrer tudo e deixar limpo para o cinamomo sujar novamente. Sempre tinha uma folha para ele varrer, faça chuva ou faça sol.

Quando ele estava de bom humor, cumprimentava todo mundo. Quando o Seu Correto estava de mau humor, não adiantava dar bom dia nem boa tarde pra ele. Seu Correto fazia de conta que não ouvia.

E o Duke, o cachorro do Seu Correto, era uma figura. O Duke estava sempre preso na coleira e era solto só lá de vez em quando, para o desespero de quem passava pela rua. O Duke ficava eufórico quando era solto e atacava todo mundo, sem distinção de classe, credo, cor, razão social. Pra um cachorro depois de meses preso na coleira, ser solto deve ser a melhor coisa do mundo. Acho que deve ser como você ganhar na loteria, casar a miss universo, viajar pela galáxia numa nave alienígena. Ou seja, era mesmo uma realização.

E aí o seu Correto e a Dona Formosa saiam atrás do Duke fujão para tentar pegar ele. Eu e toda a rua também tentávamos pegar o Duke, mas ele saia em disparada e só aparecia um tempo depois, para alívio do Seu Correto e Dona Formosa, e de todo mundo que conhecia o Duke.

Apesar de tudo o que o Duke aprontava, todo mundo, lá no fundo, gostava muito do arteiro. Eu sempre achei que o Duke tinha que ser criado solto, dentro do pátio, mas a casa do Seu Correto tinha uma cerca baixinha. Tinha vezes que o Duke latia sem parar, durante horas, geralmente de madrugada e ai ninguém dormia. O Duke descansava de dia e a noite ele trabalhava, ao seu modo, como muitas pessoas fazem por aí. O seu Correto não pedia para o Duke ficar quieto. Aliás, Seu Correto nem ouvia o Duke latir, por que ele tinha um sono de pedra, de rocha. Dormia cedo, com as galinhas e acordava cedo, com o galo.

Os veterinários dizem que cachorro tem que comer ração apropriada, mas seu Correto dava comida de gente pro Duke, que incluía ossos, arroz, feijão e muito molho. O Duke preferia mais a comida do seu Genésio do que ração de cachorro.

Quando eram umas 6 horas da tarde, no verão, por causa do calor, Seu Correto e a Dona Formosa sentavam na área da frente da casa e assistiam a TV, que ficava perto da porta, mas dentro da sala. Faziam isso porque estava muito calor e ninguém aguenta ficar dentro de casa com esse calor. Assistiam a todas as novelas e noticiários, para ficarem bem informados sobre o tempo, tragédias e desgraças de toda a natureza. Depois iam dormir cedo para acordar cedo, como as pessoas corretas e direitas fazem.

Seu Correto não tinha telefone celular, tv com tela plana, computador, vídeo game, carro, moto, câmara digital, som com mp3, ipod, carro do ano. Ele não precisava de tecnologias pra viver. Bastava a tv.

Porque Seu Correto ficava sentado uma boa parte do seu tempo na sombra do cinamomo vendo o tempo passar dava uma impressão de falta do que fazer, preguiça, desinteresse e algumas pessoas chegavam a dizer que ele era mesmo um desocupado, folgado, boa vida, etc. Para essas pessoas ele bradava: ninguém tem nada que ver com a minha vida!

O Seu Correto também achava que os políticos eram ladrões e se as coisas continuassem desse jeito, ninguém sabia como ia acabar. Tudo estava errado. Tudo. Tudo estava caro. Tudo. A juventude era alienada. O que ia ser? Não dava para confiar em mais ninguém. Nem na sombra. O futuro da nação estava na mão dos bocós molengas que eram a nossa juventude. Se o Seu Correto fosse presidente, iria melhorar a educação, acabar com o analfabetismo, os buracos nas estradas, a fome. Iria fazer a reforma agrária e todo mundo iria ter onde morar. A felicidade iria ser geral.

O mundo inteiro estava errado e o seu Correto estava certo. Alias, para o seu Correto todo mundo estava maluco, tam-tam da cuca, doido, etc. “Onde já se viu isso”? “Onde já se viu aquilo”? – Eram as perguntas mais frequentes do Seu Correto. Ele era a pessoa mais normal no mundo. A única. Não havia ninguém mais normal que o Seu Correto. Seu Correto não precisava trabalhar, estava aposentado e as pessoas que iam trabalhar enquanto seu correto varria a calçada ou sentava na sombra de seu cinamomo, ficavam meio injuriadas por causa disso.

Na realidade, o que importa mesmo e você ter aquele dinheirinho pra poder viver. Aí, é só levar a vida. Palavras estas do seu Correto.

Seu Correto era como o próprio sobrenome: correto. Melhor ainda era o nome: Certo. Seu Certo Correto.

Quando estudei Psicologia das Máquinas na universidade da capital depois voltei a Recanto Feliz e me inscrevi no concurso para Assessor de Pavimento na Prefeitura. Passei e fui trabalhar com mandas-chuvas da cidade. Não era a minha área, Psicologia das máquinas.

Pra que estudar 4 anos de faculdade e não exercer a profissão? - Me perguntou o Seu Correto. Mas não era essa questão. Eu precisava de emprego, ganhar a vida, como todo mundo. Era agarrar a primeira oportunidade de trabalho.

Desse modo a faculdade era uma perda de tempo, segundo o Seu Correto. Se você se esforça tanto tempo por algo, e aquilo não lhe traz retorno, é melhor ficar em casa sentado, em baixo da sombra de uma árvore. Mas não debaixo do cinamomo do seu correto. A sombra do cinamomo era do Seu Correto. Só e apenas do Seu Correto. Quem quisesse sombra, que tivesse sua árvore ou plantasse uma e esperasse ela crescer e dar uma boa sombra para desfrutar dela.

Mas o Seu Correto tinha seguidores. Muitas pessoas pensavam como o Seu Correto e só faziam o que o Seu Correto fazia. Se ele acordava às 5 horas da manhã, com o galo ou a galinha, todo mundo acordava nesse horário também. Se o Seu Correto ia para o mercado, todo mundo ia também, porque quando Seu Correto estava no mercado, toda cidade também estava. Se o Seu Correto assistia TV, novela, jornal, futebol, todo mundo assistia também. Se havia engarrafamento, enchente, temporal, destelhamento, certamente Seu Correto estava lá. Onde havia muita gente, havia o Seu Correto.

Se o Seu Correto tinha gripe, todo mundo tinha, só pra acompanhar o Seu Correto na doença. Se o Seu Correto varria a calçada, todo mundo varria também.

Na alegria e na tristeza, Seu Correto tinha seus seguidores.

Quem não estava com o Seu Correto, era chamado do contra, antipático, anti-social, esquisito, estranho e outros nomes mais cabeludos. Por isso, para não ter problemas, era sempre bom concordar com o Seu Correto.

*Adriano Irgang é contista, poeta e desenhista. Outros textos e desenhos de sua autoria estão no seguinte endereço:

http://www.replicantescotidianos.blogspot.com


sábado, 8 de maio de 2010

UM POUCO DA HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA


O português é uma língua neolatina. Originou-se da transformação do latim, ao longo do tempo.
O latim era um simples dialeto falado por pastores do pequeno território do Lácio, Itália. Cresceu tanto em importância que dominiou as demais línguas da Península Itálica, à medida que os romanos se expandiam e aprimoravam sua cultura em contato com a grega.

Com a expansão romana pelo mundo, o latim foi imposto como língua oficial dos países conquistados, visto que a língua constitui um importante instrumento de dominação.
A língua portuguesa – bem como outras línguas neolatinas, a exemplo da espanhola, da francesa, da italiana – originou-se do latim vulgar, predominantemente oral, falado pelos soldados das legiões romanas. Na conquista, o latim se misturou a “falares” regionais e se transformou.

O português “começa a nascer” quando, no século III a. C., levados pelas fúrias das Guerras Púnicas, os romanos chegaram à Hispânia e, dentro desta, à Lusitânia, região correspondente à zona ocidental da Península Ibérica, abrangendo quase a totalidade do Portugal de hoje.
Provamque o português já existiam no século IX os documentos escritos em latim bárbaro (a forma literária deturpada pelos escrivães), em que se encontram formas evidentemente portuguesas.

A língua portuguesa representa o estado atual do latim vulgar (popular) após inúmeras transformações na Lusitânia. A maioria dos vocábulos foi introduzida pela via popular, ou pela culta, ou formada posteriormente pelos processos de composição ou derivação. A esses vocábulos se uniram outros, por meio de relações com outros povos.

O português no mundo

O reflexo da expansão territorial de Portugal nos século XV e XVI nos apresenta um painel de algumas regiões onde se fala a língua portuguesa:

América: Brasil
África: Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe
Ásia: Macau (território português), Goa, Damão, Diu (Índia)
Oceania: Timor
Ilhas atlânticas próximas da costa africana: Açores e Madeira, parte do Estado português.

Bibliografia Consultada:

CAMPEDELLI, Samira Youssef . SOUZA, Jésus Barbosa. Gramática do texto & Texto da Gramática. São Paulo: Saraiva, 1999.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Pater Noster/ Padre Nuestro/ Notre Père/ Padre Nostro


Pater Noster

Pater noster, qui es in caelis Sanctificétur nomen tuum:
Advéniat regnum tuum: Fiat voluntas tua, sicut in caelo,
et in terra.Panem nostrum quotidiánum da nobis hódie :
Et dimítte nobis débita nostra, sicut et nos dimíttimus de
bitóribus nostris.Et ne nos indúcas in tentatiónem.
Sed líbera nos a malo.

Amen


Padre nuestro

Padre nuestro que estás en los cielos santificado sea tu Nombre

venga a nosotros tu reino hágase tu voluntad así en la tierra como en el cielo.
Nuestro pan de cada día, dános le hoy perdónanos nuestras deudas así como nosotros perdonamos a nuestros deudores y no nos dejes caer en la tentación pero
líbranos del mal.

Amén


Notre Père

Notre Père qui êtes aux cieux,
que votre nom soit sanctifié,
que votre règne arrive,
que votre volonté soit faite sur la terre comme au ciel.
Donnez-nos aujourd'hui notre pain quotidien,
pardonnez-nous nos offenses
comme nous pardonnons à ceux qui nous ont offensés;
ne nous laissez pas succomber à la tentation, mais délivrez-nous du mal.


Ainsi soit-il.



Padre Nostro



Padre Nostro che sei nei cieli, sai santificato il tuo nome.
Venga il tuo regno. Sia fatta la tua volontà in terra come in cielo.
Dacci oggi il nostro pane quotidiano. E perdonaci i nostri debiti, come anche noi
perdoniamo ai nostri debitori.
E non esporci alla tentazione, ma liberaci dal maligno,
perché tuo è il regno e la potenza e la gloria in eterno.


Amen.


segunda-feira, 19 de abril de 2010

A Origem das Línguas Românicas



O latim era o idioma oficial do Império Romano. Como toda e qualquer língua, compreendia uma modalidade clássica, falada, e, sobretudo, escrita, pelas classes sociais mais elevadas, bastante uniforme em função da influência estabilizante do ensino e da cultura, e uma modalidade popular, despreocupada e espontânea, chamada
latim vulgar.


Deste latim falado, sem pretensões literárias e muito diferente da forma clássica, derivam-se as línguas românicas ou neolatinas.

Veja o parentesco entre as línguas românicas:

Latim Clássico: ignis
- Latim Vulgar: focus Italiano: fuoco - Francês: feu - Espanhol: fuego - Português: fogo

Latim Clássico:
equis - Latim Vulgar: caballus Italiano: cavallo - Francês: cheval - Espanhol: caballo - Português: cavalo

Latim Clássico:
os - Latim Vulgar: bucca Italiano: bocca - Francês: bouche - Espanhol: boca - Português: boca

Latim Clássico:
- magnus Latim Vulgar: grande Italiano: grande - Francês: grand - Espanhol: grande - Português: grande



... Quem falava esse latim vulgar?


Roma tinha a vocação inata de conquista e chegou a ocupar territórios em toda a Europa (Inclusive a Inglaterra), norte da África e Ásia. Esses territórios eram invadidos por soldados que falavam o latim vulgar. Após a conquista, comerciantes e colonos romanos instalavam-se nessas regiões e intensificavam o interecâmbio linguístico com os povos recém conquistados.

O latim era imposto e aceito com relativa facilidade não só porque era uma língua mais evoluída que a dos povos vencidos, mas, sobretudo, por ser a língua dos vencedores.


Atualmente, são constituídas pelos seguintes idiomas principais, também conhecidos como línguas neolatinas: português, espanhol, italiano, francês, romeno e catalão. Há também uma grande quantidade de idiomas usados por um menor número de falantes, como o galego, o vêneto, o siciliano, o piemontês, o corsa, o napolitano, o sardo, o occitano (de Provença, França), o romanche (da Suíça); o aragonês, o asturiano, valenciano (dialetos do catalão).

Outros Exemplos para comparar:


O artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos em várias línguas neolatinas:


Latim:
Omnes homines liberi æqviqve dignitate atqve ivribvs nacsvntvr. Ratione conscientaqve præditi sunt et alii erga alios cvm fraternitate se gerere debent.


Aragonês:
Toz os sers umanos naxen libres y iguals en dinnidá y dreitos. Adotatos de razón y conzenzia, deben comportar-sen fraternalmén unos con atros.


Espanhol:
Todos los seres humanos nacen libres e iguales en dignidad y derechos y, dotados como están de razón y conciencia, deben comportarse fraternalmente los unos con los otros.


Francês:
Tous les êtres humains naissent libres et égaux en dignité et en droits. Ils sont doués de raison et de conscience et doivent agir les uns envers les autres dans un esprit de fraternité.


Provençal:
Tóuti lis uman naisson libre. Soun egau pèr la digneta e li dre. An tóuti uno resoun e uno counsciènci. Se dèvon teni freirenau lis un 'mé lis autre.


Italiano:
Tutti gli esseri umani nascono liberi ed eguali in dignità e diritti. Essi sono dotati di ragione e di coscienza e devono agire gli uni verso gli altri in spirito di fratellanza.


Português:
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.




BIBLIOGRAFIA


OLIVEIRA, Ana Tereza Pinto de. Manual compacto de redação e estilo: teoria e prática: São Paulo: Rideel, 1999.


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