segunda-feira, 19 de abril de 2010

A Origem das Línguas Românicas



O latim era o idioma oficial do Império Romano. Como toda e qualquer língua, compreendia uma modalidade clássica, falada, e, sobretudo, escrita, pelas classes sociais mais elevadas, bastante uniforme em função da influência estabilizante do ensino e da cultura, e uma modalidade popular, despreocupada e espontânea, chamada
latim vulgar.


Deste latim falado, sem pretensões literárias e muito diferente da forma clássica, derivam-se as línguas românicas ou neolatinas.

Veja o parentesco entre as línguas românicas:

Latim Clássico: ignis
- Latim Vulgar: focus Italiano: fuoco - Francês: feu - Espanhol: fuego - Português: fogo

Latim Clássico:
equis - Latim Vulgar: caballus Italiano: cavallo - Francês: cheval - Espanhol: caballo - Português: cavalo

Latim Clássico:
os - Latim Vulgar: bucca Italiano: bocca - Francês: bouche - Espanhol: boca - Português: boca

Latim Clássico:
- magnus Latim Vulgar: grande Italiano: grande - Francês: grand - Espanhol: grande - Português: grande



... Quem falava esse latim vulgar?


Roma tinha a vocação inata de conquista e chegou a ocupar territórios em toda a Europa (Inclusive a Inglaterra), norte da África e Ásia. Esses territórios eram invadidos por soldados que falavam o latim vulgar. Após a conquista, comerciantes e colonos romanos instalavam-se nessas regiões e intensificavam o interecâmbio linguístico com os povos recém conquistados.

O latim era imposto e aceito com relativa facilidade não só porque era uma língua mais evoluída que a dos povos vencidos, mas, sobretudo, por ser a língua dos vencedores.


Atualmente, são constituídas pelos seguintes idiomas principais, também conhecidos como línguas neolatinas: português, espanhol, italiano, francês, romeno e catalão. Há também uma grande quantidade de idiomas usados por um menor número de falantes, como o galego, o vêneto, o siciliano, o piemontês, o corsa, o napolitano, o sardo, o occitano (de Provença, França), o romanche (da Suíça); o aragonês, o asturiano, valenciano (dialetos do catalão).

Outros Exemplos para comparar:


O artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos em várias línguas neolatinas:


Latim:
Omnes homines liberi æqviqve dignitate atqve ivribvs nacsvntvr. Ratione conscientaqve præditi sunt et alii erga alios cvm fraternitate se gerere debent.


Aragonês:
Toz os sers umanos naxen libres y iguals en dinnidá y dreitos. Adotatos de razón y conzenzia, deben comportar-sen fraternalmén unos con atros.


Espanhol:
Todos los seres humanos nacen libres e iguales en dignidad y derechos y, dotados como están de razón y conciencia, deben comportarse fraternalmente los unos con los otros.


Francês:
Tous les êtres humains naissent libres et égaux en dignité et en droits. Ils sont doués de raison et de conscience et doivent agir les uns envers les autres dans un esprit de fraternité.


Provençal:
Tóuti lis uman naisson libre. Soun egau pèr la digneta e li dre. An tóuti uno resoun e uno counsciènci. Se dèvon teni freirenau lis un 'mé lis autre.


Italiano:
Tutti gli esseri umani nascono liberi ed eguali in dignità e diritti. Essi sono dotati di ragione e di coscienza e devono agire gli uni verso gli altri in spirito di fratellanza.


Português:
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.




BIBLIOGRAFIA


OLIVEIRA, Ana Tereza Pinto de. Manual compacto de redação e estilo: teoria e prática: São Paulo: Rideel, 1999.


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